segunda-feira, 24 de junho de 2024

Repostagem com aprimoramento: Weber, Espírito do capitalismo

 Leia o texto de Max Weber:

A “sede de adquirir”, a “ânsia do lucro”, do dinheiro, da maior quantidade de dinheiro possível, são atitudes que, em si mesmas, nada tem a ver com o capitalismo. Garçons, médicos, cocheiros, artistas, prostitutas, funcionários corruptos, soldados, ladrões, cruzados, proprietários de casas de jogo, mendigos, todos podem ser possuídos por essa mesma sede – como poderia ter acontecido ou aconteceu com toda a espécie de pessoas, em todas as épocas e lugares, por toda parte em que existem ou existiram, de alguma forma, as condições objetivas desse estado de coisas. Nos manuais de história da civilização para uso das classes infantis deveria ser ensinada a renúncia a essa imagem ingênua. A avidez por um lucro sem limites não implica em nada o capitalismo, ainda menos o seu “espírito”. Este identificar-se-ia sobretudo com a dominação ou, pelo menos, com a moderação racional desse impulso irracional. Sem dúvida, na organização permanente, racional, capitalista, o capitalismo equivale à busca do lucro, de um lucro sempre renovado – é busca da rentabilidade. Só pode ser assim. Nas situações em que toda a economia está submetida à ordem capitalista, uma empresa capitalista individual que não se orientasse pela busca da rentabilidade estaria condenada a desaparecer. [...]

Com base no texto, assinale a alternativa correta sobre o argumento do texto:

a) A distinção do capitalismo é a sede de lucro.

b) Para Weber, o lucro não tem qualquer relação com o capitalismo, mas apenas a racionalização científica.

c) A rentabilidade, o lucro racional e sempre renovado, é a característica do capitalismo.

d) O espírito do capitalismo é o impulso irracional pelo lucro.    

e) O espírito do capitalismo é a condenação moral da busca do lucro como sentido para a vida.

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