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"Sobrevivi. Tenho 80 anos, saúde e prestígio. Sou bonitona", diz Zezé Motta
Zezé Motta tem uma trajetória que soma conquistas, superações e perseverança. A artista driblou e ainda enfrenta o racismo e o preconceito de gênero, escancarados e velados. Na vida pessoal e no ofício de atriz, "arregaçou as mangas" como aprendeu com Lélia Gonzalez, fundadora do Movimento Negro Unificado no Brasil. Consagrou-se na dramaturgia e no ativismo. Leia um trecho da entrevista com a atriz.
Recentemente, foi comemorado o protagonismo negro na televisão e no cinema.
Qual o seu olhar para essa realidade?
Fico emocionada. É como ver os frutos de uma luta que abracei desde jovem. As coisas melhoram devagarinho, mas temos muito pela frente. Sou de um tempo no qual, em cada produção, você encontrava, no máximo, um ou dois negros em personagens subalternos. Pessoas preocupadas com mudanças e justiça fazem esse movimento, o de virar o jogo...
Disponível em: <https//istoe.com.br/sobrevivi-tenho-80-anos-saude-e-prestigio-sou-bonitona-diz-zeze-motta/>. Acesso em: 08 jul. 2024. Adaptado.
"O racismo, a homofobia e o preconceito contra as mulheres estão interligados!" Essa frase expressa o pensamento de bell hooks, autora conhecida por sua abordagem interseccional, ao discutir questões de opressão, incluindo gênero, raça e classe. Os Estudos de Gênero trouxeram à tona diversas vozes silenciadas e constatam que as sociedades constroem hierarquias que destavorecem as mulheres, colocando-as em situação de desigualdade e violência. Diante disso, os movimentos sociais, especialmente os movimentos feministas, têm grande relevância histórica, até hoje, ao quebrar silêncios, como bem ilustra a trajetória artística e o posicionamento de Zezé Motta.
BOULOS JUNIOR, Alfredo. Multiversos: ciências humanas: ética, cultura e direitos: Ensino Médio. Alfredo Boulos
Júnior, Edilson Adão Candido da Silva, Laercio Furquim Júnior. 1ª ed. São Paulo: FTD, 2020. Adaptado.
Os estudos interseccionais destacam a necessidade de entender como
A) as desigualdades de gênero, raça e classe se cruzam e impactam a vida de diferentes pessoas de maneira interligada.
B) as relações afetivas permanecem iguais, ao longo da história, e impedem a mudança de pensamento.
C) os casos de violência racial e de homofobia são isolados e têm leve impacto na estrutura social.
D) os preconceitos são desconectados das questões que envolvem a cor, o gênero e a classe social.
E) as desigualdades e as discriminações racial e de gênero são acentuadas na classe dominante.
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