MC Hariel vai levar ao Rock in Rio seu projeto "Funk Superação", que expande o batidão na sonoridade e nas ideias. Ele canta neste domingo (15), no Espaço Favela, às 19h. O cantor de 26 anos é uma das maiores referências do funk de São Paulo. Qual é a ideia? O título do projeto faz trocadilho com o rótulo "funk ostentação". Para Hariel, o valor do funk é ainda maior do que o dos artigos de luxo que aparecem nas letras desta vertente. O funk é a fortaleza de uma realidade difícil. "Para quem é de uma classe social abaixo, a gente já sente que o fim vem a qualquer momento", diz Hariel em entrevista a Toca. As letras de Hariel refletem sentimentos de jovens de periferias. "Sentimos que nossa perspectiva não é tão longínqua. Sentimos medo e angústia — o que às vezes atrapalha, às vezes ajuda". "Funk Superação" explora arranjos acústicos que dialogam com o som tradicional do funk. A mistura de instrumentos como flauta peruana e violão reflete essa exploração. A riqueza musical já está presente no funk. "O funk já tem uma batida forte e uma indicação melódica marcante. Combinando nos lugares certos, tudo se encaixa.
Com base no texto e relacionando-o ao conceito de ideologia, assinale a alternativa correta:
a) O projeto "Funk Superação" representa uma ideologia crítica, ao mostrar que o consumo de artigos de luxo é a única forma legítima de alcançar reconhecimento e respeito nas periferias.
b) A fala de MC Hariel demonstra uma crítica ao "funk ostentação", sugerindo que o funk pode servir como uma ferramenta cultural de resistência e superação da realidade social adversa.
c) Segundo a ideologia transmitida por Hariel, apenas por meio do consumo e da ostentação é possível garantir a ascensão social dos jovens de periferia.
d) O projeto musical de MC Hariel exemplifica uma ideologia tradicional, ao preservar exclusivamente as batidas clássicas do funk, sem influências de outros estilos ou experimentações sonoras.
e) A declaração de Hariel reforça uma ideologia hegemônica que busca impedir qualquer mudança na condição social das periferias, perpetuando a exclusão desses jovens da participação cultural.
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