terça-feira, 22 de junho de 2021

DEMOCRACIA BRASILEIRA

 "A gaúcha Escarlen Moch, de 34 anos, trabalhou durante nove anos no setor financeiro de um pensionato em Porto Alegre. Com o início da pandemia e a interrupção das aulas presenciais, grande parte dos estudantes que alugavam quartos no local voltaram para suas casas, o que fez diminuir drasticamente a renda do estabelecimento. Em janeiro de 2021, Moch foi demitida. Os gestores alegaram problemas financeiros da instituição. Pega de surpresa, Moch enviou currículo para diversos locais durante os seis meses seguintes, mas ainda não conseguiu emprego. “Ser demitida, precisar enviar currículos e observar que há poucas vagas tem me deixado mais nervosa e ansiosa. Tem dias em que é desanimador”, desabafa. Até conseguir novo emprego, o dinheiro da rescisão e algumas reservas financeiras a auxiliam a pagar as contas diárias. “Eu com certeza estaria mais feliz agora se estivesse trabalhando. A diminuição de postos de trabalho durante a pandemia gerou uma perda de bem-estar generalizada na população brasileira. Esse sentimento difuso relatado por Moch, o desânimo, a falta de perspectiva de trabalho, afetou diretamente o que os especialistas definem como “sentimento de felicidade”. Pesquisa do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getulio Vargas (FGV Social) mostra que os brasileiros estão mais infelizes durante a pandemia – o índice de felicidade, que era de 6,5 pontos em 2019, baixou para 6,1 em 2020 a sensação de satisfação com a vida presente. Os dados são do Gallup World Poll, que mede, em uma escala de 0 a 10, a felicidade em quarenta países com base em perguntas sobre a satisfação com a vida e emoções diárias. Para o diretor da FGV Social e coordenador do estudo, Marcelo Neri, a pandemia influenciou na diminuição da taxa nacional de felicidade. “Estamos vivendo uma tragédia, as pessoas estão com a sobrevivência ameaçada e perderam entes queridos”, afirma. Mas até na felicidade o Brasil é desigual – a queda na sensação de satisfação ocorreu principalmente entre os 40% mais pobres da população. Antes da Covid-19, a taxa de felicidade nesse grupo chegava a 6,3; baixou para 5,5 durante a pandemia, ou seja, caiu 13%. Já entre os 20% mais ricos, houve um ligeiro aumento na felicidade, de 6,8 para 6,9. Entre os extremos de renda da população brasileira, a diferença no nível de satisfação com a vida, que era de 8% em 2019, subiu para 25,5% no ano seguinte. " Revista Piauí. De acordo com o texto e dos conteúdos debatidos em aula é CORRETO afirmar: 

a) Medir a felicidade da população é uma forma de fake news.

b) A crise do coronavírus modificou a forma como percebamos subjetivamente a democracia brasileira.

c) Apesar da crise econômica, social e política, a democracia brasileira caminha bem.

d) Existe uma tendência de aumente nos níveis de felicidade. 

e) Nenhuma das alternativas anteriores. 


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